segunda-feira, 23 de junho de 2008

Hígia: PF tem até o dia 13 para concluir inquérito

A Polícia Federal tem até o dia 13 de julho para concluir o inquérito que investiga o desvio de verba pública e fraude de licitações em contratos de higienização hospitalar e locação de mão-de-obra no Rio Grande do Norte. O material apreendido na Operação Hígia está sendo analisado nessa fase da investigação. O prazo para conclusão do inquérito pode ser prorrogado.

O delegado Caio Bezerra, chefe das investigações, vai se pronunciar somente após a conclusão do inquérito e a confecção do relatório. Mas a assessoria de comunicação da PF adiantou que o trabalho está concentrado na análise do material apreendido, principalmente documentos e computadores recolhidos em órgãos públicos, empresas e residências de propriedade dos investigados.

A Operação Hígia prendeu 12 pessoas no Rio Grande do Norte e uma na Paraíba. Entre eles, o advogado Lauro Maia, filho da governadora Wilma de Faria. Quatro deles foram liberados após prestar depoimento. Os seis restantes chegaram a ter a prisão temporária prorrogada, mas acabaram soltos na última quinta-feira através de habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal (TRF).

Um dia após os últimos presos serem soltos, o advogado Erick Pereira, que defende o filho da governadora, disse ao Diário de Natal não acreditar em pedido de prisão preventiva para Lauro Maia. Segundo o advogado, a conduta da defesa é tentar a maior celeridade possível da investigação. ``Tecnicamente, não há mais motivos para prisão'', argumentou.

Além de Lauro Maia, foram presos na Operação Hígia Anderson Miguel da Silva, proprietário da A&G Locação de Mão-de-obra; Jane Alves, esposa de Anderson; João Henrique Lins Bahia Neto, secretário-adjunto de Esporte do Estado, Maria Eleonora Lopes d'Albuquerque Castim, coordenadora de orçamento e finanças da Secretaria de Saúde; Rosa Maria de Apresentação Figueiredo Caldas Câmara, procuradora do Estado; Francenildo Rodrigues de Castro; Francisco de Alves Souza Filho; Herbert Florentino Gabriel; Luciano de Souza; Marco Antônio França de Oliveira; Mauro Bezerra da Silva; Ulisses Fernandes de Barros.

ESQUEMA

Por causa do segrego de justiça, a PF não revelou detalhes da investigação, mas informou que o esquema era realizado através de propina paga por empresas para garantir a contratação em licitações fraudulentas e permanecer com os contratos através de renovações ilícitas. As empresas investigadas não tiveram o nome revelados pela PF.

Fonte: DN Online

Nenhum comentário: