quarta-feira, 23 de julho de 2008

RN tem 1,4 mi de eleitores analfabetos

Oito milhões, noventa e sete mil, seiscentos e setenta e oito. É o total de eleitores analfabetos no Brasil, segundo estatística divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse contingente poderá definir qualquer candidatura, tendo em vista a falta de esclarecimentos acerca do processo democrático.

A nível de Nordeste, esse número cai para 4.110.393. No Rio Grande do Norte, a realidade é bem menor: 205.948, correspondendo a 9,48% do eleitorado potiguar, que chega a 2.172.629.

Quando se analisa o quadro relacionando ao grau de instrução do eleitor e somando o total de analfabetos, os que apenas sabem ler e escrever e os que têm o primeiro grau incompleto, o número chega a 1.422.362.

Em outras palavras, o candidato que souber trabalhar esse contingente tende a se sair bem. Em Natal, por exemplo, onde a campanha caminha para uma disputa entre duas candidatas, o eleitor pouco instruído pode fazer a diferença.

Na capital existem 15.630 eleitores analfabetos, 53.651 que sabem ler e escrever e 142.721 que têm o primeiro grau incompleto, totalizando 212.002 de um total de 498.870. Seguindo a ordem de cidades que apresentam maior densidade eleitoral, Mossoró também figura no mapa em que o eleitor com pouco grau de instrução é o foco. São 9.588 analfabetos, 32.888 que sabem ler e escrever e 48.693 que não concluíram a educação fundamental. O eleitorado mossoroense chega a 153.027. Desse total, 91.139 têm pouca formação educacional.

O promotor Jorge Cruz, da 34ª zona eleitoral de Mossoró, analisa que esse quadro é desolador e que reflete o quadro educacional do país. “Muitos sabem escrever o nome, mas têm o grau de entendimento reduzido. A lei permite que eles votem”, diz, acrescentando que é preciso estar vigilante para que esses eleitores não se tornem alvo dos candidatos.

Ele diz que, em tese, os eleitores com pouco grau de instrução são mais fáceis de ser ludibriados pelos candidatos, economicamente, e pela propaganda irregular que é veiculada neste período. Jorge Cruz diz também que o aliciamento de eleitores é crime e que a população precisa contribuir com o Ministério Público para evitar essa prática. “A captação ilícita de votos pode dar prisão.

É preciso que, em qualquer ação suspeita, a polícia seja acionada, e se não for possível, que a informação seja passada ao Ministério Público ou à Polícia Federal”, orienta.

Fonte: De Fato

Nenhum comentário: