quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Comerciante tenta subornar delegado e acaba preso em Mossoró

O comerciante Tércio Duarte Silva, que tem 28 anos e mora na Rua Felipe Camarão, 854, bairro Doze Anos, foi preso ontem à tarde acusado de tentar subornar o delegado Luís Fernando Sávio, que responde pela Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR) de Mossoró. Segundo o bacharel, ele ofereceu R$ 3.900 para tentar se livrar de uma investigação e recebeu voz de prisão imediatamente. Tércio era alvo de uma investigação onde ele é apontado como receptador de carros roubados, crime pelo que foi indiciado há poucos anos em Mossoró.

Segundo o delegado Rubério Pinto, titular da Segunda Delegacia de Polícia Civil, o jovem foi intimado para depor sobre sua ligação com carros roubados e ofereceu dinheiro ao delegado dentro da Defur. “Ele estava sendo interrogado e quando viu que a coisa ia ficar feia pro seu lado, ofereceu dinheiro para o delegado não continuar a investigação”, explica a autoridade policial, que autuou o comerciante em flagrante pelo crime de corrupção ativa, previsto no artigo 333 do Código Penal Brasileiro (CPB). A pena para este tipo de crime é de um a oito anos de reclusão e multa.

Segundo o delegado Claiton Pinho, que está à frente da Delegacia Regional de Macau, mas trabalhou durante vários anos na Defur de Mossoró, Tércio foi investigado sob suspeita de integrar uma quadrilha especializada em roubo, adulteração e vendas de veículos que agia em toda a região Nordeste do Brasil. De acordo com Claiton, a função do jovem era falsificar toda a documentação dos veículos, para que eles fossem vendidos sem nenhum problema. “Ele, na verdade, é um cara articulador que fazia a adulteração dos veículos pra quadrilha”, explica o delegado.

Além desta investigação, o jovem ainda foi autuado em flagrante pelo delegado Claiton acusado de adulterar sinais identificadores de veículos, que está relacionado à compra e venda de carros roubados. De acordo com o bacharel, além destes procedimentos, o jovem ainda chegou a responder por outros crimes em Mossoró. “Depois disso, teve outros procedimentos contra ele, mas eu não sei quem presidiu”, diz Claiton, que participou das investigações que culminaram com a prisão de 21 pessoas no Rio Grande do Norte e Ceará. A operação 4 x 4 teve uma grande repercussão na região.

Fonte: Jornal De Fato

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