sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Falta de produto muda combate à dengue

Nas últimas semanas o trabalho de combate à dengue realizado pela Coordenadoria Municipal de Vigilância à Saúde em Mossoró sofreu mudanças depois que o Ministério da Saúde (MS) atrasou o repasse de larvicida - produto usado no combate ao mosquito Aedes aegypt.

Há um mês os agentes de endemias da cidade estão trabalhando com pouca quantidade do produto e, por isso, tiveram de priorizar o atendimento nas áreas com maior incidência de casos notificados como os bairros Bom Jardim, Santo Antônio e Barrocas.

De acordo com o coordenador municipal de Vigilância à Saúde, Sodré Rocha, o larvicida é indispensável no trabalho de combate ao mosquito que transmite a dengue, quando ele está em fase de larva. Ele comenta que, na semana passada, depois de muito tempo, o Ministério da Saúde repassou apenas 5 quilos do produto. "A quantidade é pouca e insuficiente para a demanda".

Além de priorizar o trabalho de combate ao mosquito nas áreas com maior incidência de casos notificados da doença, devido a falta do larvicida, a vigilância à saúde está aumentando o número de campanha educativas nos bairros, buscando o apoio da população na luta contra a dengue.

Os últimos números da Secretaria Estadual de Saúde Pública apontam que 1.733 casos de dengue foram notificados em Mossoró, sendo que 13 deles foram notificados como dengue hemorrágica e cinco foram confirmados. No Estado, o número total de casos notificados da doença é 38.300, sendo 1.194 suspeitas de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), 228 confirmações da dengue hemorrágica, e 66 casos de mortes no RN, das quais apenas oito foram confirmados como sendo FHD.

Sodré Rocha disse que a vigilância já solicitou mais larvicida ao Ministério da Saúde, mas o órgão não apresentou nenhuma resposta ou previsão de data para solução do problema. Somente o Ministério da Saúde possui o contrato com o fabricante e fornecedor do larvicida, o que impede a aquisição do produto por parte dos Estados e município nos casos de fim da reserva.

Fonte: De Fato

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