sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Sindicato dos bancários não descarta greve

Na próxima quarta-feira, os bancários realizam a segunda rodada de negociação junto à Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) dentro da campanha salarial 2008 e não descartam a possibilidade de desencadear uma nova greve.

A categoria reivindica um percentual de 16% de reajuste. Durante a primeira rodada, nenhuma contraproposta foi apresentada pela Fenaban.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Mossoró, Anchieta Medeiros, a ausência de um aceno positivo em relação à proposta dos bancários é um indicativo de que a federação não está disposta a negociar. "É aquela coisa. Se a federação apresentar a mesma postura que apresentou no ano passado, a categoria não vai aceitar, e certamente terá a greve", informa o sindicalista.

Medeiros acrescenta ainda que, além da concessão do reajuste de 16%, a campanha salarial da categoria inclui uma temática que preocupa o Sindicato dos Bancários. O assédio moral, segundo Anchieta, ainda ocorre com muita freqüência nas agências bancárias locais. A pressão psicológica para o cumprimento das metas, afirma o presidente do sindicato, se torna agressiva. "Lamentavelmente o assédio moral ainda é muito forte nas agências. O funcionário precisa cumprir as metas que são impostas, e sofrem muita pressão psicológica para isso", enfatiza Anchieta Medeiros.

As reivindicações dos bancários incluem ainda uma maior participação nos lucros e resultados dos bancos. "A gente sempre vê as reportagens falando dos lucros milionários dos bancos. E aí eles vêm alegar que não têm condições. Algo está errado", justifica.

No ano passado, diante da falta de acordo entre bancários e Fenaban, a categoria deflagrou uma greve em todo o país. A paralisação durou cinco dias, e só foi encerrada após o anúncio de que as reivindicações seriam cumpridas pela classe patronal. A greve dos bancários do ano passado atingiu, principalmente, as agências da Caixa Econômica Federal (CEF).

Fonte: De Fato


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