quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Justiça Eleitoral proíbe candidato de imitar de Enéas Carneiro em programa

Justiça Eleitoral proibiu nesta quarta-feira o candidato a vereador de São Paulo Luciano Enéas Martines Nantes Soares (PTN) de imitar o deputado federal Enéas Carneiro, morto em 2007, no programa eleitoral no rádio e na TV.

A decisão é do juiz auxiliar da propaganda Claudio Luiz Bueno de Godoy, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, que acatou parcialmente representação da coligação "Tostão Contra o Milhão" --PTC e PT do B. Godoy também proibiu o candidato de usar a fala, o bordão --Meu nome é Enéas-- ou a referência gestual do deputado.

No representação, a coligação também pediu apuração de eventual crime eleitoral e cancelamento parcial do registro do candidato cover. De acordo com a decisão, a questão penal já está sendo investigada e a análise do registro foge dos limites da representação.

O presidente do PTN de São Paulo, Kennedy Rene, disse que o departamento jurídico do partido analisa a decisão mas ainda não sabe se vai recorrer ao TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo ou acatar a decisão.

Como um cover de Enéas, o candidato aparece no programa eleitoral usando óculos e barba e fazendo os mesmos gestos e a voz do deputado. Ele também diz que dará continuidade ao trabalho de seu pai --que não é Enéas Carneiro mas o ex-vereador Osvaldo Enéas Nantes Soares, ex-vereador de São Paulo pelo Prona de 1997 a 2000.

No programa de ontem, o candidato cover acrescentou que pretende dar continuidade ao trabalho de seu pai na Câmara Municipal de São Paulo.

Em sua decisão, o juiz entendeu que houve imitação com o objetivo de "infundir no eleitor a crença em um elo que não existe". O candidato "veste-se, fala, imposta a voz em óbvia imitação de político notório e já falecido, não o vereador Osvaldo Enéas, mas o deputado federal Enéas Carneiro", afirmou.

Em 2002, Osvaldo Enéas o teve seu registro cassado pelo TRE-SP porque também se utilizou da imagem do deputado Enéas Carneiro para fazer sua propaganda.

Fonte: Folha Online

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