terça-feira, 7 de outubro de 2008

Comerciantes reclamam do sucateamento do Terminal Rodoviário Diran Ramos do Amaral

O abandono do Terminal Rodoviário Diran Alves do Amaral, instalado na BR-304 há 12 anos, vem prejudicando não só aos passageiros, mais aos comerciantes e taxistas que trabalham no local. Atualmente, o que se vê no local é sujeira no chão, banheiros quebrados, boxes abandonados, luzes apagadas e poucos passageiros e rotas de ônibus que não passam mais por lá. Todo o comércio do local, exceto as companhias de ônibus se resumem em uma lanchonete, uma banca de revistas e um sapateiro.

Os comerciantes e taxistas são unânimes ao opinar a causa do pouco movimento na rodoviária. "Os banheiros estão sempre sujos, os boxes abandonados, o governo não se importa em conservar esse local. Por isso, os ônibus param no meio da cidade, os passageiros descem e nós ficamos sem ter como trabalhar", explica o taxista Francisco Sales Martins, que trabalhava na rodoviária desde que ela se localizava no bairro Aeroporto. "Aqui nos sábados e domingos tudo fica vazio", completa o taxista.

Essa também é a opinião de Rosália Lima dos Santos, que trabalha na lanchonete da rodoviária, que explica que algumas companhias de ônibus já não passam mais pelo terminal de Mossoró. "O ônibus que faz a rota Aracajú já não passa mais por aqui. Os passageiros chegavam e não tinham nenhum banheiro limpo para usar, além disso, turistas gostam de lojas com atrativos e aqui só vêem abandono e sujeira", afirma a comerciante.

Seu José Antonino da Costa, sapateiro, trabalha na rodoviária há 38 anos, 26 na antiga e 12 no novo local. Na opinião de seu José, um dos principais fatores do abandono do terminal rodoviário é o surgimento e aumento dos carros alternativos, que fazem linha para todos os locais do Rio Grande do Norte e de Estados vizinhos. "Além da sujeira e dos banheiros quebrados, não tem segurança, e estão roubando os fios elétricos e lâmpadas do lado de fora, à noite aqui atrás fica tudo escuro. O que acontece é que o governo não liga para a rodoviária", afirma.

Os comerciantes do local afirmaram que há seis pessoas responsáveis pela limpeza, e que se revezam em duas por dia, mas que somente duas delas se comprometem realmente com a limpeza.

Até o fechamento da matéria, a administração do local não havia sido encontrada para prestar mais declarações.

Fonte: Gazeta do Oeste

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