Sobre bancos de tamanho médio, o ministro afirma que também "são sólidos, pois têm carteiras boas que poderiam ser vendidas, então não há problema de solvência". Em evento da Câmara de Comércio Brasil-EUA, Mantega afirmou que não tem "nenhum banco falindo". "Agora, se você pisar no tubo de oxigênio e diminuir a liquidez, é claro que você pode levá-lo a um problema se não reagir rápido, e a reação foi positiva. Arranjaram-se compradores, nós só demos liquidez. O governo brasileiro não fez nenhum favor, não deu nenhuma vantagem especial."
Mantega ponderou que as primeiras medidas tomadas em matéria de liquidez foram direcionadas para os bancos médios e pequenos "porque eles têm menos capacidade de arranjar crédito". "De fato, eles são os primeiros afetados, dependem dos bancos grandes, de aplicações externas de bancos de investimentos. Nós, então, liberamos compulsório que era direcionado para isso."
O ministro, no entanto, reiterou que o Brasil tem sistema financeiro muito mais regulado que o sistema americano e europeu. Os bancos brasileiros estão menos alavancados e têm rendimentos mais elevados. "Portanto, estão capitalizados, não estão envolvidos com subprime (hipotecas de elevado risco de inadimplência nos EUA). O sistema financeiro é sólido. O sistema produtivo também é sólido. A economia real é muito sólida."
Segundo Mantega, a crise financeira internacional afeta o Brasil, mas o País tem condições de contorná-la "aumentando liquidez, aumentando crédito em dólar, fazendo tudo o que é necessário e mantendo a estabilidade fiscal. A crise está "dando lição, castigando aqueles que tiveram comportamento inadequado." Assim, o Brasil não precisa "dar lição para ninguém", uma vez que a crise castiga "os países em que houve uma orgia financeira e agora pagam o preço".
Em entrevista concedida depois de conferência organizada pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, Mantega disse que estão sendo castigados aqueles países que "foram imprudentes na liberação de crédito e não tiveram regulação". "A própria realidade está punindo, e seriamente, aqueles que cometeram erros", acrescentou.Fonte: Agência Estado
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