sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Dólar rompe seqüencia de altas e tem recuo de 4,13%, cotado a R$ 2,27

O dólar teve um pregão de forte desvalorização frente ao real nesta sexta-feira (14). Operando em baixa desde os primeiros minutos da sessão, a moeda intensificou sua queda com a atuação do Banco Central (BC) no mercado durante a tarde e rompeu uma seqüencia de quatro altas seguidas.

Ao final do dia, a divisa teve queda de 4,13%, cotada aos R$ 2,270. No entanto, no acumulado da semana, o dólar registrou alta de 5,09%.

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"Eu acho que tem muito exagero nisso (na alta do dólar dos últimos dias). A posição dos investidores (estrangeiros) no mercado de dólar futuro continua muito alta. Curiosamente, mesmo nos dias em que se percebe um cenário melhor, com mercado mais otimista, eles não arredam o pé um milímetro", avaliou Hélio Ozaki, gerente de câmbio do banco Rendimento.

De acordo com os últimos dados divulgados pela BM&F, a posição comprada dos investidores estrangeiros no mercado futuro em nenhum dia deste mês foi menor que US$ 11 bilhões. Na prática, essa exposição significa uma aposta na alta do dólar.

BC atua
O Banco Central (BC) voltou a intervir no mercado cambial nesta sexta. A autoridade monetária promoveu leilão de "swap" cambial, que tem como objetivo fornecer liquidez para o mercado. Esse tipo de operação tende a aliviar a pressão pela alta do dólar.

Foram vendidos todos os 14 mil contratos ofertados em leilão, o que representou um volume de 689 milhões de dólares. Os contratos negociados têm vencimento em 2 de fevereiro de 2009 e a taxa linear ficou em 7,67%.

"Os leilões aí em sequência acabam ajudando também a amortizar um pouquinho os efeitos de pressão do cenário externo", afirmou Ozaki.

Jorge Knauer, gerente de câmbio do banco Prosper, citou a quantidade e a variedade de atuações desempenhadas pelo Banco Central recentemente. "Muito mais importante que o BC diminuir a taxa de câmbio é diminuir a volatilidade (nesse mercado). Quando conseguir diminuir essa volatilidade, o dólar tende a cair", acrescentou.

Durante o dia, o mercado também repercutiu a expectativa positiva pelo encontro dos líderes dos países que compôem o G20 em Washington, neste fim de semana. Os agentes esperam a divulgação de medidas para coordenar as ações das diversas nações contra a crise internacional.

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