terça-feira, 26 de maio de 2009

CAS DEBATE ATENDIMENTO DO SUS AO IDOSO

 

A senadora Rosalba Ciarlini preside nesta terça-feira mais uma audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), dentro do ciclo de debates “O SUS que temos, o SUS que queremos”. A audiência será realizada em conjunto com a Subcomissão Permanente do Idoso e Subcomissão Permanente de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde.

Lembrando que o artigo 15 do estatuto do Idoso, em vigor desde janeiro de 2004, assegura atenção integral às pessoas com mais de 60 anos, através do Sistema Único de Saúde, Rosalba disse que, na prática, isso não vem acontecendo. “O SUS, pelas reclamações que ouvimos, não está conseguindo atender a demanda de idosos no Brasil e além do mais há carência de médicos especializados em todo o país”, declara.

A afirmação da senadora foi baseada nos dados do setor. São apenas 800 médicos com formação completa em Geriatria e 99% estão clinicando nos grandes centros urbanos. O número de técnicos em Gerontologia Social não chega a 400. Hoje são 23 milhões de idosos no Brasil e as mulheres com mais de 60 anos superam em número os homens.

De acordo com os dados e previsões do IBGE, o envelhecimento da população está aumentando. Em 2030, serão 40.472.801 de idosos e, em 2050, o número de idosos brasileiros chegará a 64.050.979 (35.721.139 mulheres e 28.329.840 homens), cerca de sete milhões de mulheres a mais.

Pelo parágrafo 2º do Estatuto do Idoso, “incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação”, mas há grandes filas nos postos de saúde e reclamações pela falta de medicamentos, lembra a Presidente da CAS, senadora Rosalba Ciarlini, ressaltando que se nos próximos 40 anos a população de idosos vai triplicar, as políticas públicas de atenção a essa faixa etária devem ser amplamente debatidas e contextualizadas.

Participarão do debate na CAS, José Luiz Telles de Almeida, diretor do Departamento de Ações Programática e Estratégica do Ministério da Saúde; Maria Alice Toledo, professora de Psiquiatria da Universidade de Brasília; Elisa Franco de Assis Costa, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia; e João Batista de Medeiros, gerontólogo social.

 

Fonte: Aglair abreu

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