Tasso: "Há um show de impunidade que o governo acoberta"

O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse ontem, em Curitiba, que a permanência do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), no cargo "depende, praticamente, do PT". "Se o PT e o governo continuarem sustentando a votação secreta no Senado, é difícil", reconheceu.

"Mas espero que ainda desça a consciência de que o que está em credibilidade não é um ou outro senador, mas a instituição." Jereissati também manifestou o desejo de que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize a abertura de um inquérito contra os "mensaleiros".

"Acho que é o verdadeiro câncer que está afetando todas as áreas", afirmou. "Há um show de impunidade que o governo acoberta, fazendo com que o País creia que não vale a pena ser honesto. É um erro brutal, que vai deixar seqüelas no governo Lula, que está protegendo todos esses delinqüentes."

Alertado de que o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) é investigado pro causa da campanha de 1998 para o governo de Minas Gerais, ele disse que são situações diferentes. "Não tem nenhuma prova de caixa dois de campanha", acentuou. "No outro, é desvio de dinheiro no governo."

Mas ressaltou que, caso haja citação, caberá à Justiça analisar a situação de Azeredo. "O que tem de acabar é a impunidade porque dá vazão, inclusive, à criminalidade", sustentou. O presidente nacional do PSDB foi um dos líderes do partido presentes no encontro preparatório para o congresso tucano.

Fonte: Tribuna da Imprensa