O volume de vendas do comércio varejista cresceu 5% no Rio Grande do Norte no primeiro semestre deste ano, percentual bem abaixo dos 9,9% registrados na média nacional e que deixa o estado em penúltimo lugar no Nordeste, atrás apenas do Piauí. A distância entre o resultado do RN e da média brasileira aumenta quando se considera a receita nominal. Enquanto no país o incremento foi de 10,6%, no estado foi de 3,9%. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, cujos resultados mais recentes foram divulgados ontem.
Quando se considera o comércio varejista ampliado - que, para o IBGE, é aquele que inclui as atividades de veículos e de material de construção - o desempenho do RN é semelhante no primeiro semestre (veja quadro abaixo): 10,9%, acima apenas do Piauí (7,5%) e menor do que a média nacional (13,6%).
O mês de junho, entretanto, registrou uma variação melhor no ampliado, de 17,1%, mais próxima do índice nacional, de 17,4%. Contudo, a posição do RN no ranking regional permaneceu: 8º. O resultado de junho foi o melhor do semestre para o estado e fechou uma tendência de crescimento no segundo trimestre, iniciada em abril, com 10,2%, seguida de 11,76% em maio. Já entre janeiro e março, o comércio potiguar se comportou de modo mais instável em relação ao Brasil: 7,26%, 5,32% e 13,05%, nesta ordem.
Para o analista sócio-econômico do IBGE RN, Aldemir Freire, fatores como o desaquecimento do turismo e o endividamento das famílias pesaram sobre o comércio. Segundo ele, há, ainda, fatores como redução do impacto dos programas sociais e o bom desempenho do comércio no ano passado. “A base de comparação era alta, assim, apesar de termos crescido, a variação é pequena”. Ele se baseia no fato de que, no primeiro semestre do ano passado, houve um incremento de 17,04% no volume de vendas do comércio varejista ampliado no estado, enquanto no país, esse percentual foi de 4,11%. Em viagem, o presidente da Federação do Comércio e Bens e Serviços (Fecomercio RN), Marcelo Queiroz, preferiu não comentar os números porque ainda não os tinha analisado.
Brasil
O aumento de 9,9% no comércio varejista do país foi o maior para essa base de comparação desde 2001, início da série da PMC. E pelo quarto semestre consecutivo, o ritmo de vendas manteve acelerada alta. O mercado financeiro já esperava um aumento grande das vendas e os dados da PMC reforçaram a aposta de que o Banco Central deverá reduzir o ritmo de corte da taxa de juros básica, a Selic, de 0,5 para 0,25 ponto porcentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 4 e 5 de setembro. Todos os segmentos tiveram expansão no primeiro semestre
Fonte: Tribuna do Norte
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