Os médicos dos três maiores hospitais de Mato Grosso do Sul estão sendo obrigados a escolher qual paciente tem mais chance de sobrevivência para ter uma vaga nas unidades de terapia intensiva. A afirmação é do presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-MS), Sérgio Renato de Almeida Couto, com base em relatórios elaborados pela comissão de ética médica dos hospitais Universitário, Regional e Santa Casa, de Campo Grande.
Ele explicou que a capital do Estado funciona como atendimento de alta complexidade em urgência, emergência e terapia intensiva para os 79 municípios do Mato Grosso do Sul. Na Santa Casa, por exemplo, são atendidos mensalmente 476 casos de UTI e existem apenas 18 leitos. "O resultado disso, acaba em muitos óbitos, mas não posso revelar o número. Os três hospitais estão com problemas graves, principalmente de superlotação", revelou.
Couto disse que encaminhou há dois meses cópias das denúncias para o Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE) e Secretaria Estadual de Saúde e nada melhorou. Hoje, o conselho apontou, em entrevista coletiva, os principais problemas dos três hospitais.
De acordo com o CRM-MS, há centros de terapia intensiva superlotados com pacientes inclusive em morte cerebral aguardando vaga. O conselho destaca também o "pouco espaço" para acomodação de pacientes acidentados que chegam ao setor e a redução no número de leitos do setor ginecológico e obstetrício dos hospitais.
Fonte: Agência Estado
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário