terça-feira, 25 de setembro de 2007

Jereissati: sem o fim do voto secreto não há negociação

O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), afirmou hoje que a oposição não aceita fazer acordo com a base aliada se não houver o compromisso de ser colocada em votação a proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto, na votação de processos de perdas de mandato. "Sem o fim do voto secreto, não tem negociação", afirmou Tasso.

O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), vai se reunir hoje com líderes dos partidos de oposição, em busca de um acordo para o fim da obstrução das sessões. Jucá afirmou que ninguém quer uma queda de braço, mas sim um entendimento. Ele vai propor no encontro que, depois da desobstrução da pauta, o primeiro item a ser votado seja o projeto de resolução que prevê sessão aberta e não secreta, como é atualmente, para julgamentos de senadores com processo. Só depois disso, segundo Jucá, é que se iniciará a discussão da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do voto secreto.

Em relação ao projeto de resolução que obriga o senador que está sendo processado pelo Conselho de Ética a se afastar de cargos na Mesa Diretora e nas presidências de comissões e corregedoria, Jucá defende que é preciso ser avaliado com mais cuidado. "Temos que fazer uma triagem", afirmou Jucá, explicando que qualquer adversário político pode fazer uma representação contra um senador, e ele ser afastado de cargos formais da Casa. Jereissati explicou, no entanto, que o afastamento só se dará depois que o Conselho de Ética acolher a representação.

Denúncias

Os aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros, temem que o conteúdo desse projeto ressuscite uma onda de pressão para ele se afastar do cargo. O presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha, ainda não escolheu outros relatores para os processos no colegiado. O conselho se reunirá amanhã para apresentação do parecer do senador João Pedro (PT-AM), sobre a suspeita de favorecimento à cervejaria Schincariol. O petista reafirmou hoje que vai suspender a apresentação e discussão do seu relatório, enquanto esse caso não for concluído na Câmara, que envolve deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão de Renan.

Fonte: Agência Estado

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