sábado, 6 de outubro de 2007

Polícia federal inclui novos servidores nas investigações

A perícia nos documentos e objetos pessoais apreendidos na “Operação Via Salária”, deflagrada na manhã de quinta-feira passada, em Mossoró, apresentou novos elementos para o processo investigativo e estes poderão dar subsídios para a prisão de mais pessoas envolvidas com o esquema fraudulento, que vinha sendo realizado há mais de cinco anos no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) de Mossoró. A Polícia acredita que outras pessoas da agência ainda podem estar envolvidas.

Segundo o delegado-chefe da Polícia Federal em Mossoró, Angelino Alves, a perícia no material apreendido ainda está na fase inicial, mas o que foi visto, até agora, comprova as investigações anteriores e dão indícios para novas prisões. “Existe a possibilidade de haver prisões de outras pessoas da agência local, mas isso nós vamos saber no desenrolar da investigação”, admite Alves. “A perícia nos documentos comprovou o que estávamos investigando e nos mostrou coisas novas”, disse Angelino, que evitou detalhes a respeito das novas evidências para não prejudicar as investigações.

Angelino Alves destacou ainda que entre o vasto material que foi apreendido durante a ação policial, estão vários cartões da previdência, que segundo ele, estavam em poder das pessoas presas na operação. “Eles usavam esses cartões para ter acesso aos benefícios e em alguns casos, não os entregava para o beneficiário”, justifica, acrescentando ainda que “isso é uma das provas materiais das fraudes que eram realizadas dentro do INSS de Mossoró, com a ajuda dos funcionários”, inclusive àqueles que faziam parte do alto escalão, como o gerente-geral de Mossoró, Francisco Canindé da Silva.

Além do material apreendido, a Polícia Federal espera que os depoimentos dos envolvidos também é considerado como de suma importância para o processo investigativo. Ontem, o delegado federal Mário Sérgio, que preside o inquérito, esteve na Cadeia Pública Juiz Manoel Onofre de Souza e deu início as oitivas. Pela manhã, ele ouviu dois beneficiários e pela tarde pretendia ouvir o restante dessa categoria – são três, ao todo. Em contato com o DE FATO, ele preferiu não revelar o teor das declarações dos presos que tinha ouvido.

Fonte: Tribuna do Norte

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