terça-feira, 27 de novembro de 2007

Agentes terão reforço de carros-fumacê

Até o início da próxima semana carros-fumacê iniciam o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti nas ruas de Mossoró. Os veículos serão enviados de Natal pela Secretaria de Saúde do Estado.

Mas a medida, que foi adotada após a constatação de que a cidade está entre os sete municípios do País com risco de surto de dengue, já deveria funcionar desde o mês de agosto, após a visita de uma consultora do Ministério da Saúde a Mossoró.

Ela constatou a situação crítica e recomendou o uso de carros-fumacê. Para o coordenador da Vigilância da Saúde, Sodré Rocha, o não-cumprimento da recomendação feita pela consultora foi uma questão meramente burocrática. "Os carros-fumacê pertencem ao Governo do Estado, e mesmo a consultora tendo falado da necessidade, não havia condições de comprar componentes para a mistura que combate o mosquito", comenta Sodré.

Ao todo serão necessários seis veículos do tipo fumacê para fazer toda a cobertura no município. A situação de Mossoró é grave, e uma epidemia de dengue não está descartada, garante Sodré Rocha. A utilização dos carros-fumacê não é a solução para a doença, que de acordo com o coordenador está diretamente relacionada ao abastecimento irregular de água em Mossoró. A solução que é utilizada, composta por óleo e inseticida, mata apenas os mosquitos na fase adulta. Os ovos não são atingidos, e podem se reproduzir facilmente. "Quando falta água, os moradores armazenam o produto em baldes, tanques e tonéis, e não cobrem. Neste caso, quando o fumacê passar nas ruas não vai combater as larvas nem os ovos que ficam nesses locais. Por isso a importância da prevenção", explica o coordenador.

O trabalho dos carros-fumacê será feito em parceria com as ações desenvolvidas pelos 98 agentes de endemias. Cada agente é responsável pela aplicação do larvicida - a cada 45 dias - em cerca de 800 imóveis da cidade.

A quantidade de profissionais, segundo Sodré Rocha, é suficiente para o trabalho realizado. Mas para que a ação surta efeito positivo, enfatiza o coordenador, é necessário o apoio da população.

"Os nossos profissionais desempenham um trabalho e tanto. Mas não adianta a aplicação do larvicida. A população tem que tampar os reservatórios e fazer sua parte", comenta.A aplicação do larvicida acontece a cada 45 dias.

Fonte: De Fato

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