Cabo da PM fala da surpresa por ser expulso da Corporação

O presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar, cabo Jeoás Nascimento dos Santos, expulso ontem (07) da corporação comentou na manhã desta quinta-feira (8) a respeito da surpresa com que recebeu a notícia. Ele diz que o mais espantoso foi o fato de no Procedimento Administrativo Disciplinar ele ter sido inocentado e de repente, "a revelia" da decisão o Comandante ter tomado uma decisão como essa.

Jeoás afirmou que os direitos democráticos da Associação estavam sendo "tolhidos". "Se o conselho tinha determinado que não haveria punição, isso só mostra o quanto a decisão é arbitrária e abusiva", atacou.

Ele explica que as providências jurídicas estão sendo tomadas pela advogada Kátia Nunes, mas que ainda na tarde desta quinta (8) eles se reuniriam para tratar das estratégias a serem usadas. Antes disso, a diretoria da Associação iria se reunir também para definir a posição dos diretores e à noite já estava prevista mais um encontro com entidades sindicais para estruturar manifestações de repúdios e atos públicos.

Outra que falou a respeito da situação de Jeoás foi a presidente da Associação de Sargentos e Subtenentes da PM, sargento Mary Regina, também expulsa dos quadros a polícia desde 12 de setembro deste ano. Para ela essa é uma estratégia do governo para fazer com que os policiais militares que além de perseguir e coibir os seus, ainda o faz com relação a outros. "Eles usam a PM como o braço armado do governo para que a gente se indisponha com outros trabalhadores", disse.

Ela falou que vê a expulsão do cabo de duas formas, do "homem digno e respeitado por todos os seus companheiros, que sempre teve um bom comportamento" e a do "presidente da Associação e homem de luta e aguerrido, que nunca negou apoio a luta da categoria".

"Eu acredito que a pequena cúpula que comanda a categoria de forma desorganizada e arbitrária a PM tem receio de que o cabo venha a se projetar e tenha força para o confronto", declarou.

Fonte: DN Online