terça-feira, 20 de novembro de 2007

Governo inaugura hoje maior obra de engenharia do RN

Até pouco tempo atrás, a bela paisagem constituída pelas dunas da Redinha e a foz do Rio Potengi podia apenas ser contemplada por quem estivesse na Zona Leste da cidade, em um local como a Ladeira do Sol, por exemplo. A partir de agora, no entanto, essa mesma paisagem deixa de ser apenas objeto contemplativo e passa a estar acessível a qualquer pessoa em questão de minutos daquele mesmo ponto. Isso porque é inaugurada hoje a maior obra de engenharia do estado. E também a mais controversa, debatida, questionada e, é claro, aguardada. A ponte Newton Navarro não irá apenas encurtar distâncias ao ligar a praia do Forte à Redinha. Ela promete ser um divisor de águas para o turismo e o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte.

Para se ter idéia das dimensões da obra, basta dizer que a ponte possui 1.781 metros de extensão, 55 metros de altura e nela foram empregados 62 mil metros cúbicos de concreto e 8,6 mil toneladas de aço. Tal quantidade de concreto seria suficiente para construir 31 prédios de 20 andares. Seu peso total é de aproximadamente 170 milhões de quilos. Por ela, deverão passar, no primeiro ano de funcionamento, cerca de 25 mil veículos por dia, e sua capacidade é de 60 mil. A obra ainda se notabiliza por ser a maior ponte estaiada em área urbana do Brasil. Os estais, a propósito, são cabos de aço cobertos por uma resina de alta resistência que servem para dar sustentação e ligar a pista às torres principais.

Além de integrar os dois lados de Natal, diminuindo radicalmente o tempo de travessia para muitos moradores da cidade, e contribuir para desafogar parte do congestionado trânsito da Ponte de Igapó, a obra é considerada um elemento infra-estrutural primordial para a vinda de novos investimentos. No Litoral Norte eles já estão a pleno vapor, com a vinda de hotéis, resorts e pousadas, o que demonstra que, além da capital, também serão beneficiados muitos municípios da área, inclusive as 16 cidades que compõem o Pólo Costa das Dunas. De acordo com informações do Governo do Estado, mais de 100 projetos de empreendimentos imobiliários ou turísticos foram anunciados a partir da construção da obra.

A governadora Wilma de Faria, vivendo o sentimento de “missão cumprida”, reconhece a dificuldade que teve em ver o seu sonho concretizado. Foram três anos e um mês para que a ponte fosse construída. Sem falar nas idas e vindas do projeto anterior, tocado pela empresa Cejen. Aí as contas vão para mais de dez anos. E se se falar da vontade da população em viabilizar uma ligação mais efetiva entre os dois pólos da cidade, aí os anos se tranformam em décadas. A chefe do executivo acredita que nos próximos anos mais de 100 mil empregos serão gerados só em decorrência do equipamento, que custou R$ 194 milhões.

Fonte: Assecom/RN

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