terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Renan renuncia à presidência do Senado no meio do julgamento

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) renunciou nesta terça-feira à presidência da Casa Legislativa. A renúncia foi anunciada no meio do julgamento do projeto de resolução que pede a cassação do mandato de Renan por quebra de decoro parlamentar. Nesse processo, Renan é acusado de usar laranjas para comprar um grupo de comunicação em Alagoas.

"Renuncio ao mandato de presidente do Senado sem mágoas ou ressentimentos, de cabeça erguida, demonstrando mais uma vez que não usei das prerrogativas do cargo pra me defender", diz ele.

Renan diz que não renunciou antes para não parecer que era culpado. "Não adotei esse gesto antes porque poderia sugerir naquele momento aceitação de inverdades. Essa interpretação não me pareceu a mais conveniente, mas agi de acordo com a minha consciência. É uma das horas mais difíceis da minha vida."

A Folha Online apurou que Renan não pensava até ontem à noite em renunciar ao cargo. O Planalto havia enviado emissários pedindo que Renan adiasse sua renúncia para não atrapalhar a votação da proposta que prorroga a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011.

No entanto, o peemedebista acredita que a renúncia pode beneficiá-lo no julgamento, já que sua decisão pode sensibilizar os senadores.

Disputa

Com a renúncia de Renan, o comando do PMDB vai deflagrar oficialmente a campanha pela sucessão da presidência do Senado. O nome escolhido pelos peemedebistas ainda não foi definido porque os senadores do partido tentam um acordo com as demais legendas para evitar candidaturas avulsas e rejeições.

No entanto, pelos menos três senadores peemedebistas já se lançaram extra-oficialmente na disputa: Garibaldi Alves (RN), José Maranhão (PB) e Edison Lobão (MA).

Fonte: Folha Online

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