sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

`Saúde pública continua refém das cooperativas´

Representantes dos Conselhos Nacional e Estadual de Saúde se reuniram nesta sexta-feira (4) pela manhã no prédio da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) para cobrar um acompanhamento do Controle Social no Estado com relação aos contratos de terceirização com empresas e cooperativas além das escalas de serviços dos profissionais nos hospitais da rede estadual.

Para o vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Paulo Bandeira, "a saúde pública continua refém das cooperativas". Ele disse que foi necessário marcar essa a reunião de urgência. "O Conselho desconhecia a maioria dos contratos com as cooperativas", afirmou.

Ele disse que muitos dos contratos celebrados pela Sesap com as cooperativas venceram no dia 31 de dezembro do ano passado. Paulo Bandeira avisou que "o controle social deve tomar soluções urgentes pois os cofres públicos estão sendo depenados e a população ‚ quem se prejudica".

De acordo com o vice-presidente do CES, as cooperativas estão impondo exigências. "Isso mostra a cartelização do serviço médico no Rio Grande do Norte", criticou.

O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Júnior, revelou que "essa é uma questão muito grave". "Fiquei estarrecido quando tomei conhecimento dessas informações'', disse. "Só essa Coopmed teve um contrato para cirurgias eletivas no valor de R$ 1.980.000 e isso não estava no orçamento do Estado", completou.

Na opinião de Francisco Júnior, saúde é um dos pontos mais difíceis de se trabalhar, principalmente no Rio Grande do Norte. O presidente do CNS cobrou uma maior presença do titular da Sesap, Adelmaro Cavalcanti. "Numa reunião como essa que estamos realizando é de suma importância a presença dele aqui", afirmou.

Munido com planilhas onde constam valores investidos em hospitais, ele declarou que "há um problema grave na relação do público com o privado". Francisco Júnior afirmou que "uma gestão que afirma não poder acompanhar a saúde no Rio Grande do Norte tem que pedir para sair".

Além disso, o presidente do CNS alguns encaminhamentos referentes aos documentos apresentados durante a reunião. Paulo Bandeira frisou que "não se pode aceitar a renovação desses contratos".

Fonte: DN Online

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