quinta-feira, 5 de junho de 2008

Tarifas bancárias estão até 900% mais caras depois de novas regras

As tarifas bancárias subiram até 900% no período anterior à nova regulamentação dos bancos em 30 de abril deste ano. Entre 1º de fevereiro e 30 de abril - quando começaram a valer as novas regras de padronização de tarifas, o valor cobrado por alguns bancos para confecção de cadastro para abertura de novas contas saltou de R$ 15 para R$ 150, um aumento de 900% em média.

Na prática, um aumento de 233%. O Banco Central, ao padronizar o sistema, permitiu que os bancos passassem a cobrar pela renovação de cadastro a cada seis meses ou uma vez por ano.

O gerente da agência central do Banco do Brasil de Mossoró, Edney Fernandes, disse que os bancos aproveitaram o momento de adoção das novas regras para subir os preços de algumas tarifas, prejudicando contas de clientes pequenos e medianos.

"Os bancos jogaram para empatar. Como eles perderam algumas tarifas em compensação elevaram outras e isso prejudicou os consumidores que mantêm conta simples, sem muitas movimentações enquanto aqueles que financiavam carros e casas levaram vantagem, pois se paga agora uma única Taxa de Abertura de Conta (TAC), independente da quantidade", frisou.

Edney conta que como a regulamentação e padronização foi instituída e aprovada pelo Banco Central, os órgãos de Defesa do Consumidor "ficaram sem ter muito o que fazer e a quem recorrer", porém, ele orientou o consumidor para pesquisar as tarifas para trocar por outro banco. "Sabemos que essa operação não é simples, mas é uma opção se o cliente estiver com tarifas em desvantagem".

À medida que acabou pesando no bolso do cliente também refletiu na inflação existente no período. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que entre 15 de abril a 15 de maio de 2008 os preços dessas tarifas subiram quatro vezes mais do que a alta dos alimentos.

Os serviços bancários subiram 5,28% - quatro vezes a alta dos alimentos, que foi de 1,26%, entre a última quinzena de abril e os primeiros 15 dias de maio.

Fonte: O Mossoroense

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