quinta-feira, 3 de julho de 2008

Deficiente morre após confusão com policiais em Assu

O deficiente mental aposentado João Batista Filho, de 41 anos, morreu ontem à tarde na cidade de Assu ao dar entrada no hospital regional Doutor Nélson Inácio dos Santos depois de uma confusão envolvendo policiais. Um delegado especial será designado para apurar o caso e a corregedoria Geral da Secretaria de Segurança Pública designou o delegado Plácido Medeiros que já está se encaminhando para a cidade de Assu afim de acompanhar as investigações. A causa morte divulgada na manhã desta quinta, de acordo com o delegado Clayton Pinho, apontou para um ataque cardíaco.

De acordo com Clayton Pinho, João Batista chegou à Delegacia de Assu na tarde de ontem, por volta das 13h30, muito nervoso e agitado, pedindo para ir ao Banheiro, que fica na parte externa do prédio. "O agente que estava na recepção permitiu que ele fosse, mas ele tentou adentrar a parte interna da delegacia. O PM então interveio e ele, ainda muiot agitado, começou a se debater e a chutar portas. Nesse momento, outros PMs o imobilizaram e ele começou a passar mal. Uma viatura foi acionada para levá-lo ao hospital. Como ele estava se debatendo muito, os policiais o algemaram e no trajeto para o hospital ele morreu dentro da viatura", disse Pinho.

Informações de algumas testemunhas davam conta de que João Batista teria sido agredido por policiais no interior da delegacia pelos PMs. O objetivo de se designar o corregedor para acompanhar as investigações e a presença de um delegado especial são para apurar estas denúncias. "Vamos apurar se possíveis excessos dos policiais aceleraram o processo de ataque cardíaco, que foi dado como a causa morte da vítima. O laudo oficial do Instituto Técnico e Cientifíco de Polícia - ITEP, também está sendo aguardado para avaliar se havia mesmo escoriações pelo corpo de João Batista. O corpo foi trazido para Natal para ser necropsiado.

Fonte: DN Online

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