Médicos de 16 especialidades podem deixar de atender pelo Sistema Ùnico de Saúde (SUS) a partir desta sexta. Caso não haja a renovação dos contratos firmados entre a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) e Cooperativa dos Médicos (Coopmed), Cooperativa dos Anestesiologistas (Coopanest), Cirurgia Pediátrica (Cipam) e Clínica de Neurocirurgia, os profissionais deixarão de realizar cerca de dois mil procedimentos por mês, em oito hospitais privados e cinco públicos nas cidades de Natal, Mossoró e Parnamirim. Além disso, os médicos exigem que a Sesap pague os procedimentos realizados desde o mês de março de 2008.
De acordo com os representantes das cooperativas e da Associação Médica do Rio Grande do Norte (AMRN), a promotoria do estado está questionando a contratação de médicos para prestar serviços terceirizados. O valor dos atendimentos é repassado às cooperativas, sendo 60% pago pelo estado e 40%, pelo município de Natal. Os médicos destacam que apenas o percentual pago pelo estado não foi realizado e, caso a Prefeitura se comprometa a assumir total responsabilidade com os custos, eles estão abertos às negociações.
O representante da AMRN, Marcelo Matos Cascudo, explica que os contratos estão vencidos desde setembro do ano passado e o Ministério Público recomendou que a Procuradoria Geral do Estado não promova a renovação dos mesmos. Isso ocorre porque o pagamento está sendo realizado com base em gratificações, por ter sido classificado como emergencial e precisar de renovação a cada seis meses. ``Estamos preocupados e a nossa intenção é resolver este impasse o mais rápido possível. Se houver a suspensão nos atendimentos, a situação nos hospitais ficará caótica'', afirma o cirurgião Cardiovascular.
Fonte: DN Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário