sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Coronel é exonerado e PMs envolvidos na morte de estudante em Pium afastados

O Coronel Paulo Roberto de Albuquerque Costa foi exonerado do cargo de comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar de Parnamirim. A confirmação foi dada pelo Comandante do Policiamento do Interior, Coronel Freitas, na manhã desta sexta. O motivo alegado foi a entrevista concedida pelo coronel a um jornal local, referente ao caso que acabou na morte do estudante de direito da Universidade Potiguar Diego Coelho de Oliveira, de 21 anos, morto numa ação policial em Pium na última terça.

"Ele está sendo exonerado não pelo caso, mas pela intempestividade que ele demonstrou em uma entrevista concedida a um jornal da cidade. Nessa entrevista, ele demonstrou uma postura que não condiz com a do Comandante Geral do Policiamento do estado, Coronel Marcondes Pinheiro, nem com a do Comando do Policiamento do Interior. A função da polícia é servir e proteger. É melhor deixar um bandido fugir e pegá-lo depois do que acertar e ferir física e psicologicamente um cidadão de bem", afirmou Freitas, salientando que na próxima terça o futuro do coronel exonerado deve ser decidido. "Ele poderá assumir outra função ou entrar de férias", disse.

Os três policiais militares envolvidos na operação já estão afastados de suas funcões. Segundo informações colhidas pelo DN Online, trata-se do Cabo João Maria Alves, o soldado Welinton Wanderley de Carvalho e o também soldado Fernando Felipe. "Eles estão afastados e à disposição da polícia. Dentre outras coisas, eles terão que responder como aquela arma que alegaram ser do estudante foi parar próximo ao local", disse o coronel, avisando que todas as armas utilizadas na ação já estão de posse do delegado responsável pelo caso.

Ontem, o resultado do laudo expedido pelos peritos do Itep mostraram que nas mãos do estudante Diego Coelho não havia resíduos de pólvora, contestando a versão dos PMs, de que o estudante teria furado o bloqueio e atirado na viatura policial. "O Comandante Geral quer total transparência nesse caso", encerrou o coronel Freitas.

DN Online

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