segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Empresas listadas na Bolsa perderam R$ 1 trilhão no mercado, aponta consultoria

As turbulências financeiras deste ano arrasaram R$ 1 trilhão do valor de mercado das empresas brasileiras de capital aberto, aponta cálculo da Economática, a partir de uma amostra de 330 companhias.

Em dezembro, esses 330 empresas de capital aberto somavam R$ 2,099 trilhões em termos de valor de mercado. Esse conceito representa o valor das ações disponíveis pelo preço corrente desses ativos, e por isso mesmo, é considerado como o "retrato momentâneo do preço" de uma empresa caso fosse vendida.

Na sexta-feira passada, o valor de mercado dessas mesmas empresas somava R$ 1,055 trilhão, o que significa um decréscimo de 49,7% sobre o montante calculado no final de 2007.

O levantamento da Economática aponta que o setor de construção civil foi o mais afetado pela crise, somente considerando o conceito exposto acima: o valor de mercado das empresas de capital aberto desse setor caiu 72,3%.

Boa parte das incorporadoras que têm ações na Bolsa fez sua estréia no ano passado, pouco antes do início dos problemas com os créditos "subprime", e suas ações, por não terem um "passado" que os analistas pudessem comparar, receberam em cheio os efeitos da crise.

Na segunda posição, o setor de papel e celulose foi o segundo setor mais atingido: o valor de mercado das empresas caiu 67,7%. E com perda um pouco menor, o setor de eletroeletrônicos teve seu valor de mercado reduzido em 61,8%.

A Economática também elaborou um ranking das perdas considerando o valor nominal. Por esse critério, o setor mais afetado foi Petróleo e Gás: o valor de mercado das empresas desse setor encolheu R$ 231,9 bilhões entre o final de 2007 e a sexta-feira passada.

Em segundo lugar, o valor de mercado do setor de Finanças e Seguros amargou retração de R$ 223 bilhões. Logo abaixo no ranking, o valor de mercado do setor de mineração reduziu R$ 160 bilhões.

Fonte: Folha Online

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