segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Marta nega envolvimento com mensalão e ataca Kassab

Acusada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), de se manter ao lado da "turma do mensalão", a candidata do PT à Prefeitura, Marta Suplicy, negou hoje qualquer relação com o escândalo de pagamento de propina que atingiu a cúpula petista e integrantes do governo Luiz Inácio Lula da Silva e revidou os ataques do rival. "Não tenho nada a ver com o mensalão. Nunca tive. Usar isso para tentar me contaminar é jogar uma pedra na água", defendeu-se. "Agora ele (Kassab) foi braço direito do Pitta (ex-prefeito Celso Pitta, do PTB)."

A petista subiu as críticas ao candidato do DEM, tentando colar a imagem de Kassab na de Pitta. "Quem deu vida à cidade depois do bando de gafanhotos que passou, do qual ele (Kassab) fazia parte, foi a minha gestão", afirmou Marta, depois de uma caminhada no Campo Limpo, zona sul da capital paulista. A petista acusou o prefeito de ser "uma pessoa que se esconde", ter uma "história muito comprometida" e pertencer ao "partido mais atrasado do País". "As pessoas tem contato com a minha realidade. Com a dele, é uma enganação só."

A candidata da coligação "Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT-PCdoB-PDT-PTN-PRB-PSB) voltou a insistir na tese de que Kassab criará um pedágio urbano. Marta se apóia em dois projetos de lei para afirmar que o prefeito é favorável à cobrança. Kassab nega a intenção. "Pode escrever: se esse homem ganha (a eleição), ele faz o pedágio urbano."

A candidata criticou ainda o prefeito, da coligação "São Paulo no Rumo Certo" (DEM-PR-PMDB-PRP-PV-PSC), por visitar hoje de manhã o Expresso Tiradentes e, ao mesmo tempo, reduzir as verbas para a conclusão do corredor de ônibus. De acordo com reportagem da edição de hoje do Jornal da Tarde, a Prefeitura reduziu em 36% o orçamento para as obras em relação ao ano passado. "Ir no Expresso Tiradentes na hora em que o jornal publica que ele retirou recursos da obra mostra a pessoa que ele é."

Fonte: Agência Estado

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